A ASSOCIAÇÃO


A associação surge a partir de uma exposição intitulada “When Guests Become Hosts”, que teve espaço na Culturgest em 2010, na qual um grupo de artistas austriacos, Wochenklausur, desenvolveu um projecto apresentado à Câmara Municipal do Porto, que possibilitou a cedência de um edificio devoluto a um grupo de estudantes que remodelariam o espaço e o utilizariam para ateliers de trabalho e residências. Esta cedência foi destinada à associação cultural Coincidência Banal, que desde 2011 se encontra a trabalhar no local: um edificio com 3 andares e um terreno com 500 metros quadrados.

Para além de remodelar o espaço, a CBAC decidiu voltar-se para o desenvolvimento de projectos sócio-culturais-educativos que envolvessem a comunidade na qual está inserida, sendo esse o seu foco de actuação. Pretende-se então, desenvolver projectos com a comunidade, e não apenas para a comunidade, por se perceber a necessidade de estabelecer um diálogo, uma construção conjunta e portanto possibilitar que acções sejam transformadas em atitudes, pedindo um posicionamento cocriador, colectivo, comunitário, democrático e fraterno para com o próximo.

A CBAC organiza-se em núcleos, projectos autónomos e diversificados, que buscam concretizar de modos diferentes os objectivos da associação, concretizando-se a partir de um posicionamento simbiótico com parcerias que ajudem e fomentem ambas as partes, possibilitando o crescimento conjunto. Actualmente existem dois núcleos: a Casa António e o CultiBando. O primeiro, que se dá no edifício cedido pela Câmara do Porto, pretende desenvolver residências artísticas e ateliers, no qual os residentes, em troca de moradia e espaço de trabalho, deverão desenvolver projectos com a comunidade. O segundo, é um projecto que pretende desenvolver uma horta artística/educativa comunitária e intergeracional, no qual se utiliza a horta como meio de promover a cultura da sustentabilidade no âmbito da ecologia social, ambiental, cultural e económica.

Acreditamos assim, que o que nos motiva tem origem no desejo de uma sociedade mais solidária e mais desperta para os benefícios da vida em conjunto, em que a cultura desempenha um papel central e fulcral.


OS OBJETIVOS


Apresentamos aqui nosso objetivos, tais como descritos no artigo 2º do capítulo 1 de nosso Regulamento Interno, que em breve se fará disponível.


Artigo 2º
(Fim)

1. A associação tem como fim dinamizar a comunidade na qual esteja inserida, desenvolvendo, para isso, projetos com a comunidade, de caráter sócio-cultural-educativo, promovendo, desse modo, a transdisciplinaridade e a construção coletiva.

 
2. Neste enquadramento, são objetivos da Coincidência Banal:

 
a. Dinamizar a comunidade de modo a possibilitar que necessidades ou questões pertinentes ao contexto local sejam reelaboradas através de projetos sócio-culturais-educativos, fazendo com que surjam ações que reconfigurem as problemáticas abordadas.

 
b. Desenvolver projetos de carácter sócio-culturais-educativos com a comunidade, e não apenas para a comunidade, por se perceber que é necessário estabelecer diálogo e permitir a construção conjunta para que ações sejam transformadas em atitudes.

 
c. Desenvolver projetos transdisciplinares, por  se compreender que os limites disciplinares são empobrecedores quando se pretende uma aprendizagem, uma partilha do saber e uma construção coletiva.

 
d. Possibilitar que a comunidade na qual esteja inserida desenvolva um posicionamento autónomo, responsável e criativo perante o seu contexto.

 
e. Atuar de modo a fazer emergir um posicionamento simbiótico, ou seja, cocriador, coletivo, comunitário e fraterno para com o próximo.